sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O amor

Enquanto ele esperava pacientemente que ela se resolvesse, ela fazia da vida o que bem entendia, e sonhava com todos, menos com ele.
Ele, 8 anos mais velho que ela, não entendia o porque das atitudes impensadas, mas aceitava e rezava para que um dia ela caisse em si e deixasse de bobagens. Afinal, seriam felizes juntos, foram feitos um para o outro.
O que ela sabia, havia aprendido com ele. E ele se orgulhava de tê-la ensinado direitinho.
Entre idas e vindas, iam construindo uma história baseada em amizade, em cumplicidade. Ela, ao olhar nos olhos dele, podia escrever um texto complexo sobre seus pensamentos. A vida ao lado dela era sempre mais colorida, tinha mais brilho.
Mas o tempo passou, e ele foi se cansando de esperar por ela, que aproveitava os últimos anos da adolescencia da forma mais imatura possível, e não tinha dó de machucar a pessoa que mais a queria bem.
Um dia, quando ela resolveu voltar, encontrou o lugar dele vago. E passou a errar pelo mundo atrás do sorriso dele, das atitudes dele, da boca dele... E percebeu que não, não iria encontrá-lo em ninguém. que ele era único. E já não era mais "seu". E passou o fim dos seus dias chamando por ele, como se algum dia ele fosse capaz de escutá-la, perdoá-la, e construir com ela o que ele tanto havia sonhado, mas que ela por tantas vezes desprezou.

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