domingo, 30 de agosto de 2009

O que me consola é saber que fiz aquilo que estava ao meu alcance. Fiz mais até do que deveria ter feito. Se não aconteceu, não foi por falta de iniciativa minha.
é muito dificil seguir sozinha - não tão sozinha assim, mais ainda assim sozinha - quando se tinha planejado um caminho de mãos dadas. E me pergunto como será quando o pequeno estiver aqui, será que pelo menos quanto a isso conseguiremos nos entender?

sábado, 29 de agosto de 2009

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O amor

Enquanto ele esperava pacientemente que ela se resolvesse, ela fazia da vida o que bem entendia, e sonhava com todos, menos com ele.
Ele, 8 anos mais velho que ela, não entendia o porque das atitudes impensadas, mas aceitava e rezava para que um dia ela caisse em si e deixasse de bobagens. Afinal, seriam felizes juntos, foram feitos um para o outro.
O que ela sabia, havia aprendido com ele. E ele se orgulhava de tê-la ensinado direitinho.
Entre idas e vindas, iam construindo uma história baseada em amizade, em cumplicidade. Ela, ao olhar nos olhos dele, podia escrever um texto complexo sobre seus pensamentos. A vida ao lado dela era sempre mais colorida, tinha mais brilho.
Mas o tempo passou, e ele foi se cansando de esperar por ela, que aproveitava os últimos anos da adolescencia da forma mais imatura possível, e não tinha dó de machucar a pessoa que mais a queria bem.
Um dia, quando ela resolveu voltar, encontrou o lugar dele vago. E passou a errar pelo mundo atrás do sorriso dele, das atitudes dele, da boca dele... E percebeu que não, não iria encontrá-lo em ninguém. que ele era único. E já não era mais "seu". E passou o fim dos seus dias chamando por ele, como se algum dia ele fosse capaz de escutá-la, perdoá-la, e construir com ela o que ele tanto havia sonhado, mas que ela por tantas vezes desprezou.

Decepção

E ela mais uma vez viu a porta fechar-se, ruidosa.
E, impotente, permaneceu imóvel, inerte.
Talvez por não saber o que fazer.
Talvez por não ter mais vontade de fazer nada.
O tempo se encarregará, é nisso que ela acredita.
O tempo fechará as feridas ou fará com que a porta se abra novamente.
Mas ela...
Ela já perdeu a esperança.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Novamente na estaca zero.

Será que um dia conseguiremoss falar a mesma língua?

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Quem diria...

Por mais esperanças que eu tivesse, nunca pensei que você baixaria a guarda. Tudo bem que foi apenas uma pergunta, bastante cordial por sinal, mas vindo de você isso é muito e eu sei.
Talvez meu sonho tenha sido um sinal e tudo comece a se ajeitar gradativamente agora. Talvez não. O fato é que é impossivel negar que sinto tua falta, que tua presença me faz bem e que gostaria muito que nada disso tivesse acontecido.

a gente podia tentar, né?!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Talvez você goste de saber...

Sonhei contigo essa noite...
Você chorava. E ainda usava aliança. E me perguntava porque eu tirei a minha - Ora bolas!!
E você me disse que tudo vai se ajeitar.

Será??

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ambiguidade

Esperei tanto por esse dia!!!

...

e você não quis aproveitar esse momento conosco.

Que pena...

domingo, 23 de agosto de 2009

Medo

O caminho que percorremos às vezes se torna longo demais.
Impossível de retornar.

Será que estamos preparados para seguir adiante? Será que consideramos tal possibilidade?

Eu começo a ficar com medo...

Por outro lado...

Hoje me percebo redescobrindo quem sou. Sim, porque por um segundo me esqueci de mim e tentei ser o que você queria que eu fosse. e hoje vejo, não sei se quero ser essa pessoa... Ela já deve existir em algum lugar, perdida em algum canto do teu caminho, e não pretendo ocupar o lugar de ninguém, apenas o meu.

Não pretendo ser perfeita. Quero ser apenas eu mesma. E quero ser amada por ser assim. E eu sei que posso ser amada por isso. Não preciso me transformar para conquistar o coração das pessoas.

Não sou melhor que ninguém, mas sou boa ao meu jeito. O superlativo personificado, e gosto disso. E me permito ser quem eu sou, do jeito que quero ser, na hora que me dá vontade. Não terei problemas de coração nunca, pois não o sobrecarrego. Meu coração é leve como a brisa da manhã num dia quente. Sou muitas mas não deixo de ser eu mesma. e tenho muito orgulho do que sou, do que me tornei, graças às experiências que a vida me deu. Aprendi com cada momento, com cada pessoa, com cada palavra, com cada sorriso. Porque não vim ao mundo a passeio, quero sim sair daqui melhor do que cheguei, e sei que estou seguindo minha missão com êxito, afinal sei quem fui e o que passei para me transformar no que sou hoje.

Quanto à você, desejo que encontre alguém para moldar ao seu jeito. Eu não sou moldável. Sou forte demais, sou mulher demais para me deixar transformar ao bel prazer de quem quer que seja. E sei que um dia encontrarei alguém que mereça me ter ao seu lado.

Eu jurava que esse alguém era você.
E mais uma vez aprendi com meu erro.
E hoje, só posso te agradecer.
Sou mais forte.
Sou mais mulher.
Sou mais eu.

sábado, 22 de agosto de 2009

7 Dias...

Nada descreveria melhor...

"Não sossegou enquanto não a fez louca.
Para então poder dizer:
– Doida.

Apegado a uma loucura que não era dele, nem dela.
Um falso escudo de proteção.
Ora nele, ora nela."
Cristiana Guerra
Quando deixamos o orgulho tomar conta da nossa felicidade, estamos fadados ao fracasso eterno.

Entre ser feliz e ter razão, prefiro a segunda opção.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Breve história de nós dois.

No começo era apenas EU. Quando tudo isso começou, eu lembro bem, foi por minha causa, por minha vontade. E assim permaneceu durante muito tempo: apenas a minha vontade. E eu me perguntava sempre "Por que?". A reposta, claro não vinha nunca, mas a repetição da pergunta me fez construir várias teses a respeito, das quais me lembro com saudades. O sentimento adolescente que me sufocava também me mantinha viva, me preenchia, e mesmo sendo apenas EU, tenho que admitir que era bom.

Devo admitir que essa fase é um tanto confusa aqui dentro, senhores. Não consigo separar bem a realidade da fantasia, elas se misturam e se entrelaçam como numa coreografia circense. Sei que os contatos eram poucos e inversamente proporcionais às esperanças. Mas, com o tempo, a esperança foi diminuindo, como uma vela que se queima sem ser interrompida e, um dia, se acabou. Lembro desse episódio como se fosse hoje: foi no dia em que a decepção veio à minha porta e pediu licença para entrar. Mas eu estava tão absorta na minha dor, nos meus problemas, que nem a percebi ali, insistente, e, um dia, ela desistiu e se foi.

O tempo passou e com ele veio a distância. E a vida se encarregou de nos manter afastados tempo suficiente para que eu tentasse ser feliz em outros jardins. Mas, por mais que meu coração fosse habitado por outro, esse posseiro teimoso se recusava a ir embora, e permaneceu durante todo o tempo ocupando um cantinho aqui dentro. E, por mais que eu me mantivesse firme e alheia a ele, ele estava ali e eu sabia disso o tempo todo.

Um dia meu coração novamente se esvaziou. E ele, ao ver todo aquele espaço vago, se apossou de tudo, me tomou por inteira novamente, me roubou de mim mesma e eu não tive condições para lutar. E eu me tornei a linda, a flor do dia, a querida. e meu apoio era bom, e minha mãe um anjo, e eu uma benção. E a distância judiava e era amenizada com horas de telefone, onde fazíamos planos de um futuro a construir. Juntos.

Foi nessa época que vi renascer em mim uma vontade que há muito já havia sido enterrada, dadas as circunstâncias: a vontade de ser mãe. Eu sonhava com a nossa família, com nossos pequenos, e idealizava os dias ao lado dele, e imaginava como ele seria como pai. Trocávamos promessas veladas, e nos homenageávamos constantemente, e nos queríamos ardentemente, e nos sentíamos intensamente.

Confesso que em algum lugar eu percebia escondida uma ponta de medo, mas nunca dei importância.

E então veio a oficialização. E com ela a obrigação. Nada de gratidão, apenas obrigação. E cobranças. E testes constantes. E tortura. E medo. E amor - um amor sufocante, mas ainda assim amor. E eu voltei a ser eu mesma. Já não era mais a linda. Já não era mais a flor do dia. Meu apoio já não importava mais. E mesmo assim permaneci. Porque quando percebi, a esperança tinha sido acesa novamente, e estava sendo alimentada por falsas promessas, pela ilusão das idealizações que fizemos juntos.

Meu sonho se realizou. E o que era para ser o melhor dos presentes, foi apenas mais um acontecimento dentre tantos outros. Não teve festa. Não teve comemoração. Não teve homenagem. Teve apenas obrigação. E eu deixei de ser eu mesma para me tornar a mãe. E, como mãe, tive que assumir as responsabilidades, mesmo que meu filho tivesse apenas 5 milimetros dentro da minha barriga. e tive que arcar com as despesas, como se num teste para quando aquele que crescia dentro de mim passasse a crescer aqui fora.

E passaram datas que não foram lembradas, passaram dias que não foram aproveitados. E me vi esperando que a migalha caísse no chão para que eu pudesse alimentar meu amor de vez em quando. E comecei a ver tanta coisa que eu insistia em não ver antes. Mas, pelo pequeno, fui relevando, relevando... fui esquecendo de mim mesma, me deixando de lado, me transformando em alguém que eu nunca fui, para que ele fosse feliz. Até que um dia resolvi que não podia ser assim. E nesse dia, ao perceber que eu queria caminhar ao seu lado, e não correr atrás dele, ele se foi. Sem mais delongas. Sem olhar para trás. Sem mensurar as consequências. e me deixou aqui. e nos deixou aqui. E agora é tudo tão novo que me olho no espelho e não me reconheço. Me percebo forte, mas não sei quem sou.

Vai levar um tempo ainda... Ou será que esse é mesmo o fim dessa breve história?

Calmaria

Depois da tempestade, o que se vê é o vazio. Tudo volta ao seu lugar, como se nada tivesse acontecido, como se tudo não passasse de um sonho ruim, que acabou a tempo. Não há espaço para tristeza, não há espaço para sentir falta. O que há é apenas um buraco estranho, que por tanto tempo foi preenchido pela construção de um personagem fictício, inexistente, que nunca fez parte da realidade.
É hora de amadurecer.
É hora de recomeçar.
É hora de encarar a realidade de frente, sem máscaras.
A decepção maior fica aqui dentro.
E por mais difícil que seja, é preciso perceber que o mundo não pára para que você cure suas feridas e se acostume com o fato de que para o outro tudo não passou de um plano mal sucedido, onde a culpa é toda sua por ter agido com inverdade - embora você saiba que ele também construiu um personagem e que disso você não tem culpa.
Um dia você verá que nem todos tem o caráter mal formado, que nem todos conseguiriam simplesmente "trocar" de posição dessa forma. Um dia o filho terá pai, mesmo que esse seja apenas o pai do coração, pois é isso que importa. Um dia a vida terá cor novamente. Não as mesmas cores berrantes de outrora, mas as cores da realidade, com todas as suas nuances, com todos os seus tons.
enquanto isso não acontece, o que se tem a fazer é remar o barco vgarosamente até a margem, deitar na relva ainda úmida e esperar que as feridas cicatrizem, sem no entanto esquecer de tudo que fica, para que não se esqueca de tudo que foi.

sábado, 15 de agosto de 2009

O Fim

E num piscar de olhos, o fim. Me pergunto agora se fui eu quem não o notei chegando, sorrateiro, ou se ele realmente chegou de sopetão, sem avisar, e, com sua entrada triunfal, arrasou com todos que estavam em seu caminho...

O que fica são as lembranças. Nem todas boas, mas dignas de serem lembradas sempre. Os bons e os maus momentos, que ao se entrelaçarem tornam a nossa vida real, fazem com que nos sintamos mais gente.

A dor da falta é compensada com a certeza de se ter feito o melhor, por mais que não tenha sido suficiente.

Mas dizem por aí que todo o fim é um recomeço... Dessa vez vou pagar para ver.