quinta-feira, 11 de março de 2010

Quase um mês

e eu continuo aqui esperando que você dê notícias. escuto as pessoas dizerem que estou me iludindo, que o fato de você ter simplesmente esquecido de mim e do nosso pequeno é uma resposta bem clara à todas as minhas perguntas, mas não consigo me conformar. Quero acreditar que estou sonhando, que logo conversaremos, que tudo se encaixará novamente e que essa tempestade nos fortalecerá ainda mais. Mas estou perdendo as esperanças.

Não sinto raiva, não sinto mágoa, não sinto nada além de urgência. Vontade louca de ser feliz, de me entregar por inteira, de acreditar novamente que o fim não é esse. Vontade de sair, conhecer gente, me arriscar novamente. E medo. Medo de como será essa nova vida. Medo de ter perdido a prática. Medo de voltar prá casa sozinha, e chorar até adormecer envolta em meus travesseiros. Medo de me iiludir - sou boa nisso - e me machucar novamente.

Quero tanto que meu principe encantado seja você... Seria tudo tão mais fácil...

Quando imagino nosso encontro, ensaio um longo discurso que vai desde como você teve coragem de me dizer tantos absurdos a acho que serei mais feliz sem você mesmo. Quem eu quero enganar? Não consigo imaginar a vida sem as suas rabugices, sem o seu mau humor, sem o seu perfume, sem as nossas brincadeiras, sem você. Me sinto como o frederico: aprendendo a viver. E as vezes ée tão sofrido. Olho prá trás e vejo que a sua presença não era assim tão imprescindível: nunca tive apoio, nunca tive consolo, nunca tive confiança e não sei porque insisto num relacionamento tão superficial como o nosso. Mas o fato é que eu amo você e isso não tem muita explicação mesmo...

Eu não quero perder a fé. Já passei por tantas coisas que a colocaram a prova e resisti, não quero perdê-la agora, no momento em que eu mais preciso acreditar na vida prá poder continuar criando - sozinha - o nosso filho. Mas já a sinto escorregando por entre meus dedos e tenho medo de pensar como serão os próximos dias, o que vai ser de mim e do frederico sem você.

Seria tão mais fácil se você tivesse simplesmente terminado comigo dessa vez... Me sinto tão presa a você e tenho consciencia que esse sentimento não é recíproco. Preciso corcar as amarras, viver minha vida e deixar de te esperar - porque você não vem mais.

A vida vai passando e a cada dia vou me sentindo mais e mais distante de você. E a cada dia me sinto mais e mais amarrada a tua imagem.

Quero tanto ser feliz... Será que um dia, quem sabe?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

E se fez luz!

Depois de 14 horas de espera e da decisão doída por cesárea, já que a dor era intensa e eu não aguentava mais, eis que as 5:15 da manhã de 13 de outubro de 2009 eu escuto o primeiro chorinho do meu amor maior.

Nada se compara, podem ter certeza.

É um amor que não cabe em si de tão grande, de tão intenso, de tão puro. E eu que sempre fui passional, que sempre achei meus amores os maiores do mundo, me vejo entregue a um serzinho pequenino, mas cheio de personalidade. Olhar prá ele é observar a mim mesma.

Amanhã faz 1 ano.

A mistura do amor e da frustração não estão me fazendo muito bem. Tenho que parar de criar expectativas, mas como? Alguém sabe a fórmula?

As vezes eu acho que parei nos 15. Horrível!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Um mês...

Quando as coisas se ajeitaram, meu sistema psicossomático deu o ar da graça.
Sim, voltamos.
Até quando? Não sei. Tem muita coisa que tenho que resolver dentro de mim, tem muita coisa que tenho que resolver com ele. Mas talvez esse não seja o momento, afinal o pequeno deve chegar entre essa semana e a outra.
Mas, voltando ao psicossomático... Cada semana um problema. Por fim, minha barriga quase explodiu de tão grande e as estrias deram o ar da graça. Extremo mau humor por conta disso. Já estou contabilizando o prejuízo que vou tomar no tratamento dessas coisinhas...

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Esse final de gravidez está me deixando fragilizada. A impressão é que serei para sempre esquecida como pessoa, que serei sempre a mãe. Que perderei minha personalidade. Horrível!
Quando se está grávida, em especial nessa fase, as pessoas só perguntam do bebê: quanto mede, quando nasce, quanto pesa, mexe, já viu o rostinho??? Ninguém pergunta se está sendo bom prá você, se você consegue comer por conta do pouco espaço, se se sente confortável,... Me sinto um pouco esquecida...
Fora a sensação de que quando ele sair eu nunca mais prehcerei o espaço vazio que ficará dentro de mim. Acho que é daí que nasce a preocupação exagerada das mães com os filhos. Da vontade inconsciente de que eles voltem para dentro da gente, pois ali eu sei que está bem, que está feliz.

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Agora é hora de esperar o pequeno. Quando ele estiver comigo pensarei em como resolver os meus sentimentos... e talvez eles já não sejam mais tão confusos...

domingo, 6 de setembro de 2009

Meu sonho

Quando eu imaginava ter um filho, pensava em uma família unida. Para mim, ter um filho significava ter um marido que me apoiasse e estivesse ao meu lado nos momentos bons e ruins, sempre me dando suporte e dividindo comigo todas as surpresas da vida.

Fico imaginando para quem vou contar quando nosso filho disser as primeiras palavras. Quem dividirá comigo a alegria de vê-lo pela primeira vez, todo enrugadinho, no colo de quem vou chorar quando ele tiver a primeira febre e eu não souber bem o que fazer...

Ser mãe é um aprendizado, engatinharemos juntos, eu e ele. e me dói saber que terei que trilhar esse caminho sozinha, sem você ao meu lado.

Bom saber que para você não faz diferença...

E faltam apenas 8 semanas...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A verdade...

é que, se não houver boa vontade, não há entendimento.

Eu tenho boa vontade.

Eu quero. Muito.

Será que voce também?

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Primeira viagem de avião do nosso pequeno. Voce podia ao menos nos desejar boa viagem, né?! Queriamos muito que estivesse conosco nesse momento... Espero que não faltem oportunidades...

domingo, 30 de agosto de 2009

O que me consola é saber que fiz aquilo que estava ao meu alcance. Fiz mais até do que deveria ter feito. Se não aconteceu, não foi por falta de iniciativa minha.
é muito dificil seguir sozinha - não tão sozinha assim, mais ainda assim sozinha - quando se tinha planejado um caminho de mãos dadas. E me pergunto como será quando o pequeno estiver aqui, será que pelo menos quanto a isso conseguiremos nos entender?

sábado, 29 de agosto de 2009